Das cadeias
montanhosas que se destacam ao nível do nosso planeta, podemos referir a
cordilheira dos Andes e dos Himalaias.
No caso dos Himalaias, não se verifica a existência de
fenómenos de vulcanismo;
No caso dos Andes, existem fenómenos de vulcanismo ativo;
Sendo ambos os casos citados cadeias típicas de margens onde
se verifica a colisão entre placas tectónicas com predominância de esforços
distensivos, algumas destas cadeias que bordejam certas margens continentais ativas
correspondem a distintas situações da dinâmica da litosfera.
De acordo com os vários tipos de margem e a forma como se
verifica a colisão, podemos referir como estruturas geológicas resultantes
deste tipo de processos as cadeias de subducção, cadeias de obducção e cadeias
de colisão.
- Cadeias resultantes de processos de subducção
As cadeias de subducção aparecem na vertical de uma
superfície de subducção, sempre que nesse local ocorram regimes compressivos.
Nestas zonas, a maioria dos hipocentros estava distribuída segundo superfícies
com inclinação variável, mas sempre dirigida para o interior dos continentes.
Estas superfícies, designadas por subducção, são hoje muito importantes para
determinar com precisão o perfil da placa que penetra no manto.
Os Andes peruanos constituem um bom exemplo de uma cadeia de
margem continental exclusivamente ligada à subducção da litosfera oceânica sob
a margem continental.
- Cadeias resultantes de processos de obducção
As cadeias de obducção acontecem devido a um processo
inverso da subducção, ou seja, a crosta oceânica cavalga sobre a crosta
continental. Os fenómenos de obducção são geralmente testemunhados pela
presença de ofiolitos, que são interpretados como fragmentos laminados da
crusta oceânica, erguidos e incorporados numa determinada cadeia montanhosa, no
momento do seu dobramento.
Um caso que pode ser referenciado como sendo originado
através de um processo de obducção situa-se na Península Arábica, onde aparece
a cadeia de Omã.
-Cadeias resultantes de processos de colisão
Devem-se a regimes tectónicos compressivos, resultando da
colisão entre duas placas litosféricas da mesma natureza (continental) cujas
margens estavam anteriormente separadas por litosfera oceânica. As cadeias
passam por dois estádios principais: desaparecimento da crusta oceânica e
colisão entre as margens continentais.
Um dos exemplos mais interessantes são os Himalaias, que
sendo as montanhas mais altas do nosso planeta são igualmente as mais jovens.
Os Himalaias resultam de um fenómeno de convergência entre uma margem
continental e uma outra da mesma natureza (placa Indiana e Euro-Asiática). Tal
processo levou ao desenvolvimento de relevos espetaculares devido a enormes
esforços compressivos e à residência ao afundimento por parte da placa Indiana.
Este tipo de cadeias de montanhas, também referidas de colisão
intercontinental, resultam da aproximação e posterior colisão de duas margens
continentais anteriormente separadas por um espaço com litosfera oceânica.
Uma explicação simples e fácil de compreender. Muito bem!!!
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