domingo, 7 de dezembro de 2014

Riftes continentais

Além dos fenómenos associados ao vulcanismo das dorsais, existe outro processo que permite compensar a destruição da litosfera oceânica que ocorre nas zonas de subducção. Este processo consiste na abertura de riftes continentais (rifting). Sob o efeito de uma distensão brutal da crusta continental, esta fragmenta-se em porções separadas por falhas normais, verificando-se o abatimento dos blocos correspondentes. A ocorrência destas estruturas de deformação é reveladora da existência de esforços distensivos. Em profundidade, a crusta, que está sujeita a um estiramento em regime dúctil, permite a subida de material mantélico.
Se os esforços distensivos continuarem e o estiramento se prolongar, a crusta continental fica cada vez mais fina, sendo injetada com materiais básicos com proveniência no manto superior, agora mais próximo da superfície, formando-se um tipo de crusta oceânica que vai progressivamente substituindo a crosta continental, acabando o mar por invadir esta fossa.

Processo de abertura de um rifte continental em África.
Os riftes continentais apresentam-se sob a forma de fossas tectónicas de afundimento rápido, muito estreitas e com elevada deposição sedimentar.
Estas fossas estreitas e alongadas são limitadas por falhas normais. Estas falhas, com rejeito vertical, predominam nos centros de acreção, a partir dos quais se verifica a divergência entre as placas tectónicas. Nestes locais, origina-se um bloco central, denominado graben ou fossa tectónica, limitado por falhas normais, que abate quando se verifica a divergência entre placas litosféricas. Os grabens originam um vale alongado limitado por estruturas salientes denominadas horsts. 

Se o processo distensivo continuar a atuar, a fissura crustal alarga-se, originando um golfo pérsico, o que implica acreção oceânica, formando-se, uma dorsal oceânica.



Sem comentários:

Enviar um comentário