Além dos fenómenos associados ao vulcanismo das dorsais,
existe outro processo que permite compensar a destruição da litosfera oceânica
que ocorre nas zonas de subducção. Este processo consiste na abertura de riftes
continentais (rifting). Sob o efeito de uma distensão brutal da crusta
continental, esta fragmenta-se em porções separadas por falhas normais,
verificando-se o abatimento dos blocos correspondentes. A ocorrência destas
estruturas de deformação é reveladora da existência de esforços distensivos. Em
profundidade, a crusta, que está sujeita a um estiramento em regime dúctil,
permite a subida de material mantélico.
Se os esforços distensivos continuarem e o estiramento se
prolongar, a crusta continental fica cada vez mais fina, sendo injetada com
materiais básicos com proveniência no manto superior, agora mais próximo da
superfície, formando-se um tipo de crusta oceânica que vai progressivamente
substituindo a crosta continental, acabando o mar por invadir esta fossa.
Processo de abertura de um rifte continental em África. |
Os riftes continentais apresentam-se sob a forma de fossas
tectónicas de afundimento rápido, muito estreitas e com elevada deposição
sedimentar.
Estas fossas estreitas e alongadas são limitadas por falhas
normais. Estas falhas, com rejeito vertical, predominam nos centros de acreção,
a partir dos quais se verifica a divergência entre as placas tectónicas. Nestes
locais, origina-se um bloco central, denominado graben ou fossa tectónica,
limitado por falhas normais, que abate quando se verifica a divergência entre
placas litosféricas. Os grabens originam um vale alongado limitado por
estruturas salientes denominadas horsts.
Se o processo distensivo continuar a atuar, a fissura
crustal alarga-se, originando um golfo pérsico, o que implica acreção oceânica,
formando-se, uma dorsal oceânica.
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