Uma das situações resultantes de fenómenos decorrentes dos
movimentos horizontais da litosfera, relaciona-se com a existência de esforços
compressivos devidos a situações de convergência de placas. Sempre que o
processo de convergência de placas não é equilibrado por um processo de
subducção total, passam a existir esforços distensivos, levando à ocorrência de
processos de formação que começam por afetar as zonas mais frágeis da crusta.
Se a deformação continuar a ocorrer, obtém-se uma verdadeira cadeia montanhosa.
Cadeias intracontinentais
Aparecem sob a forma de cadeias isoladas no meio de uma plataforma
continental ou associadas a grandes cadeias resultantes de fenómenos de colisão
(compressivos).
Estas estruturas podem aparecer sob a forma de cadeias
autónomas no seio de uma plataforma, correspondendo, por exemplo, um caso de um
simples arqueamento dessa plataforma. A maioria das cadeias incluídas nesta
categoria situa-se ao nível de um acidente tectónico preexistente que
represente uma zona particular de fragilidade, como falhas, zonas
transformantes ou fossas de afundimento.
Também podem ocorrer associadas às grandes cadeias
resultantes de fenómenos de colisão continental. Tal facto deve-se à
persistência do regime compressivo, após a edificação do núcleo destas grandes
cadeias, o que leva à cadeia de colisão que está a concluir a sua formação.
Os Pirenéus são cadeias montanhosas que foram edificadas
sobre uma zona de fragilidade que se originou durante o Triásico. O movimento
da Península Ibérica e o seu papel no levantamento dos Pirenéus está, ainda
hoje, longe de ser completamente interpretado. Trata-se de uma zona de encontro
entre dois fragmentos de litosfera, a grande placa Europeia e a microplaca
Ibérica. No princípio da era Mesozoica, há cerca de 250 M.a, a Península
Ibérica encontrava-se junto à Europa, de tal maneira que o golfo da Biscaia
permanecia ainda fechado.
Pirenéus |
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