domingo, 7 de dezembro de 2014

Cadeias montanhosas de margem

Das cadeias montanhosas que se destacam ao nível do nosso planeta, podemos referir a cordilheira dos Andes e dos Himalaias.
No caso dos Himalaias, não se verifica a existência de fenómenos de vulcanismo;
No caso dos Andes, existem fenómenos de vulcanismo ativo;
Sendo ambos os casos citados cadeias típicas de margens onde se verifica a colisão entre placas tectónicas com predominância de esforços distensivos, algumas destas cadeias que bordejam certas margens continentais ativas correspondem a distintas situações da dinâmica da litosfera.

De acordo com os vários tipos de margem e a forma como se verifica a colisão, podemos referir como estruturas geológicas resultantes deste tipo de processos as cadeias de subducção, cadeias de obducção e cadeias de colisão.


- Cadeias resultantes de processos de subducção

As cadeias de subducção aparecem na vertical de uma superfície de subducção, sempre que nesse local ocorram regimes compressivos. Nestas zonas, a maioria dos hipocentros estava distribuída segundo superfícies com inclinação variável, mas sempre dirigida para o interior dos continentes. Estas superfícies, designadas por subducção, são hoje muito importantes para determinar com precisão o perfil da placa que penetra no manto.
Os Andes peruanos constituem um bom exemplo de uma cadeia de margem continental exclusivamente ligada à subducção da litosfera oceânica sob a margem continental.

Andes: cadeia montanhosa resultante de processos de subducção. 


- Cadeias resultantes de processos de obducção


As cadeias de obducção acontecem devido a um processo inverso da subducção, ou seja, a crosta oceânica cavalga sobre a crosta continental. Os fenómenos de obducção são geralmente testemunhados pela presença de ofiolitos, que são interpretados como fragmentos laminados da crusta oceânica, erguidos e incorporados numa determinada cadeia montanhosa, no momento do seu dobramento.
Um caso que pode ser referenciado como sendo originado através de um processo de obducção situa-se na Península Arábica, onde aparece a cadeia de Omã.






-Cadeias resultantes de processos de colisão

Devem-se a regimes tectónicos compressivos, resultando da colisão entre duas placas litosféricas da mesma natureza (continental) cujas margens estavam anteriormente separadas por litosfera oceânica. As cadeias passam por dois estádios principais: desaparecimento da crusta oceânica e colisão entre as margens continentais.
Um dos exemplos mais interessantes são os Himalaias, que sendo as montanhas mais altas do nosso planeta são igualmente as mais jovens. Os Himalaias resultam de um fenómeno de convergência entre uma margem continental e uma outra da mesma natureza (placa Indiana e Euro-Asiática). Tal processo levou ao desenvolvimento de relevos espetaculares devido a enormes esforços compressivos e à residência ao afundimento por parte da placa Indiana. Este tipo de cadeias de montanhas, também referidas de colisão intercontinental, resultam da aproximação e posterior colisão de duas margens continentais anteriormente separadas por um espaço com litosfera oceânica.

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